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domingo, 20 de março de 2016

"Portugal - Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos em Números 2015"

No dia 14 de Março a DGS publicou o relatório "Portugal - Controlo da Infeção e 

Em Portugal, assistiu-se a uma redução da incidência de algumas infeções em 2014, 
como é o caso da pneumonia associada à intubação traqueal, 
nas Unidades de Cuidados Intensivos, da bacteriemia associada a cateter venoso central 
e da infeção associada a cirurgia do cólon e reto. 

Em outros casos verificou-se um ligeiro agravamento, como aconteceu na infeção
 associada a cirurgia das vias biliares.

Registaram-se evoluções positivas no consumo de antimicrobianos, principalmente 
na classe das quinolonas, cujo consumo desceu, entre 2011 e 2014, 27% no
 ambulatório e mais de 8% a nível hospitalar, mas também uma inversão da 
tendência crescente no consumo de carbapenemos, antibióticos associados 
à seleção de bactérias multirresistentes, o qual diminuiu 5% entre 2013 e 2014. 

Verificou-se uma redução das taxas de resistência em alguns microrganismos 
multirresistentes, como Staphylococcus aureus resistente à meticilina, 
Enterococcus ou Acinetobacter, taxas que ainda assim se mantém elevadas, 
considerando-se fundamental a sua redução.

Caraterizada como mais preocupante, é a situação que se verifica nas bactérias 
classificadas como Gram-negativo. Tal é o caso da resistência elevada aos antibióticos 
da classe das quinolonas, da bactéria Escherichia coli, responsável pela maior parte 
das infeções urinárias não complicadas. 

Mas a principal ameaça é constituída pelo microrganismo Klebsiella pneumoniae 
resistente aos antibióticos da classe dos carbapenemos, já presente em todo o 
Mundo. Registaram-se surtos hospitalares de infeção por esta bactéria, 
pontuais e localizados, tendo sido implementadas medidas de contenção da sua disseminação.



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