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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PREVALÊNCIA DA ALGALIAÇÃO SEM INDICAÇÃO "Um Factor de Risco Evitável"

 Este estudo PORTUGUÊS aborda a infecção do tracto urinário e da algaliação que é reconhecida como o principal factor de risco. A frequência com que os doentes são algaliados e o tempo de algaliação determina o maior ou menor risco de infecção do tracto urinário. Se o doente estiver inapropriadamente algaliado então esse risco é evitável. O objectivo do presente estudo foi determinar a frequência da algaliação evitável num Departamento de Medicina, o que envolveu a análise de todos os doentes internados para determinar a presença de algaliação, em dois dias diferentes, e ainda a posterior consulta dos processos clínicos dos doentes algaliados para identificar os casos onde tinham surgido infecções do tracto urinário. Dos 160 doentes internados no período do estudo, 20% tinham catéter vesical. A indicação da algaliação foi na sua maioria (84,4%) médica. Nos indivíduos estudados, foi observado que 25% não tinham indicação apropriada para estarem algaliados naquele dia, verificando-se como justificações para a permanência da algália a gestão da incontinência (6,2%) e a ausência de indicação paraa sua remoção (18,8%). Verificámos que doze dos indivíduos da amostra (37,5%) desenvolveram Infecção do Tracto Urinário e que cinco desses casos não tinham indicação apropriada para estarem algaliados. Concluiu-se que cinco casos de Infecção do Tracto Urinário eram potencialmente evitáveis. Este número corresponde a 41,7% do total das Infecções do Tracto Urinário identificadas. Este é um dado relevante se considerarmos o objectivo de melhorar continuamente a prestação de cuidados, bem como todos os custos associados ao tratamento de infecções do tracto urinário.
 
http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2011-24/suplemento-originais/517-522.pdf

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