Em Portugal, assistiu-se a uma redução da incidência
de algumas infeções em 2014,
como é o caso da pneumonia associada à intubação
traqueal,
nas Unidades de Cuidados Intensivos, da bacteriemia
associada a cateter venoso central
e da infeção associada a cirurgia do cólon e
reto.
Em outros casos verificou-se um ligeiro agravamento,
como aconteceu na infeção
associada a cirurgia das vias biliares.
Registaram-se evoluções positivas no consumo de
antimicrobianos, principalmente
na classe das quinolonas, cujo consumo desceu, entre
2011 e 2014, 27% no
ambulatório e mais de 8% a nível hospitalar, mas
também uma inversão da
tendência crescente no consumo de carbapenemos,
antibióticos associados
à seleção de bactérias multirresistentes, o qual diminuiu
5% entre 2013 e 2014.
Verificou-se uma redução das taxas de resistência em
alguns microrganismos
multirresistentes, como Staphylococcus aureus
resistente à meticilina,
Enterococcus ou Acinetobacter, taxas que ainda assim
se mantém elevadas,
considerando-se fundamental a sua redução.
Caraterizada
como mais preocupante, é a situação que se verifica nas bactérias
classificadas
como Gram-negativo. Tal é o caso da resistência elevada aos antibióticos
da
classe das quinolonas, da bactéria Escherichia coli, responsável pela maior
parte
das
infeções urinárias não complicadas.
Mas
a principal ameaça é constituída pelo microrganismo Klebsiella pneumoniae
resistente
aos antibióticos da classe dos carbapenemos, já presente em todo o
Mundo.
Registaram-se surtos hospitalares de infeção por esta bactéria,
pontuais
e localizados, tendo sido implementadas medidas de contenção da sua
disseminação.
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