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quarta-feira, 30 de março de 2016

Segurança do Doente e Resistemcia aos Antibioticos

Infeção Hospitalar nos EUA 2011-2014:


 Enterobacteriaceae resistente aos carbapenems (CRE)  0–27.9% (3.5% nacional)

Staphylococcus aureus resistente à methicillin (MRSA) 32.5–67.8% (46.4% nacional)

P. aeruginosa Multirresistente  3.1–46.9% (14.2% nacional)

Acinetobacter Multirresistente 5.0–88.1% (54.8% nacional)

Enterobacteriaceae produtoras de extended-spectrum β– lactamase (ESBL/BLEA):

  • E. coli: 0–24.4% (13.4% nacional)
  • Klebsiella spp.: 0–73.0% (20.0% nacional)
  • Enterobacter spp.: 15.0–43.2% (28.5% nacional)

Enterococcus resistente à vancomicina (Vancomycin-resistant Enterococcus spp. [VRE]):

  • E. faecium: 38.5–86.5% (77.3% nacional)
  • E. faecalis: 0–17.8% (6.9% nacional)

http://gis.cdc.gov/grasp/PSA/Downloads/ARPatientSafetyAtlas-SummaryofResults.pdf

terça-feira, 29 de março de 2016

Cuidados seguros

O Controlo de Infeção não é responsabilidade do Enfermeiro nem da Equipa de Limpeza.
O Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos é responsabilidade do Médico, do Enfermeiro, do Assistente Operacional, do Técnico de Diagnóstico e Terapêutica, da Equipa de Limpeza, dos Administradores Hospitalares e de todos os Serviços de Apoio.

É necessário uma mudança de atitude e cada um assumir que as infeções hospitalares existem e que são Nossa responsabilidade. A atitude de equipa é que previne a ocorrência de infeções nas unidades de saúde.

Prevenir a transmissão de microrganismos entre doentes e melhorar a antibioterapia é prestar cuidados mais seguros.




Guidelines de prescrição de antibióticos


http://www.hopkinsmedicine.org/amp/guidelines/antibiotic_guidelines.pdf

domingo, 20 de março de 2016

Cuidados mais seguros




Índice de qualidade PPCIRA - Despacho n.º 3844-A/2016



O Despacho n.º 3844-A/2016, publicado no Diário da República, 2.ª série — N.º 52 — 15 de março de 2016, do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde determina:

1 — A criação de um grupo de trabalho interinstitucional, que integra a Direção -Geral da Saúde, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P., o INFARMED — Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I. P., e a Administração Central do Sistema de Saúde, I. P. (ACSS, I. P.).

2 — O grupo de trabalho referido no número anterior é coordenado pela ACSS, I. P.

3 — Este Grupo de Trabalho garante, até final de junho de 2016, os mecanismos que permitam obter os dados e os indicadores, por institui- ção hospitalar, relativos a consumo hospitalar de antibióticos, resistência antimicrobiana (“microrganismos problema” e “microrganismos alerta”) e IACS (pneumonia associada à ventilação, infeção relacionada com cateter venoso central em medicina intensiva, infeção da corrente sanguínea, infeção urinária associada a algália e infeção neonatal).

4 — Os dados e indicadores referidos no número anterior constituem o denominado “índice de qualidade PPCIRA”, o qual é composto pelas seguintes variáveis, em relação às quais se definem objetivos para o triénio 2017 -2019.

São dez os indicadores:

      a) Consumo hospitalar global de antibióticos, medido em DDD por 1000 doentes saídos dia (objetivo: redução de 10 % ao ano);

      b) Consumo hospitalar global de carbapenemes, medido em DDD por 1000 doentes saídos dia (objetivo: redução de 10 % ao ano);

      c) Taxa de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) no total de Staphylococcus aureus isolados em amostras invasivas (sangue e liquor) (objetivo: redução de 5 % ao ano);

      d) Taxa de Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase no total de Klebsiella pneumoniae isoladas em amostras invasivas (objetivo: ≤ 1 %);

      e) Ausência de surto de Enterobactereaceae produtora de carbapenemase nesse ano;

      f) Implementação de isolamento, rastreio de doentes com pelo menos um fator de risco de MRSA, conforme Norma anti -MRSA 018/2014, de 9 de dezembro de 2014, atualizada a 27 de abril de 2015, do PPCIRA/ DGS;

      g) Taxa de adesão ao feixe de intervenções (bundle) de prevenção de infeção de local cirúrgico conforme Norma 020/2015, de 15 de dezembro de 2015, do PPCIRA/DGS (objetivo: n.º de cirurgias com adesão a todas as medidas do feixe/n.º total de cirurgias > 75 %);

      h) Taxa de adesão ao feixe de intervenções (bundle) de prevenção de infeção urinária associada a algália, conforme Norma 019/2015, de 15 de dezembro de 2015, do PPCIRA/DGS (objetivo: n.º de algaliações com cumprimento de todas as medidas do feixe/n.º total de algaliações > 75 %);

      i) Taxa de adesão ao primeiro momento da higiene das mãos (objetivo: > 70 %);

      j) Participação nos programas de vigilância epidemiológica de infeção relacionada com cateter, de pneumonia associada a ventilador, de infeção de local cirúrgico e de infeção nosocomial da corrente sanguínea (objetivo: cumprimento destas vigilâncias em pelo menos 9 dos 12 meses).


5 — As variáveis que compõem o “índice de qualidade PPCIRA” são produzidas semestralmente e disponibilizadas até ao final do mês seguinte aos Conselhos Diretivos das Administrações Regionais de Saúde, aos Conselhos de Administração dos Hospitais e Unidades Locais de Saúde e aos Grupos Coordenadores Locais do PCCIRA, competindo a estes discutir e interpretar estes dados e indicadores por instituição hospitalar, implementando as necessárias intervenções e estratégias de melhoria contínua.

6 — As entidades que compõem o grupo de trabalho interinstitucional acompanham de forma continuada a evolução do “índice de qualidade PPCIRA” nas várias instituições hospitalares e efetuam as recomenda- ções de melhoria que considerem mais adequadas.

7 — O “índice de qualidade PPCIRA” é integrado no processo de contratualização de cuidados de saúde que se encontra implementado no Serviço Nacional de Saúde, ficando associado a partir do ano de 2017 à aplicação de incentivos no âmbito dos contratos -programa estabelecidos anualmente entre as Administrações Regionais de Saúde e as instituições hospitalares, de forma a premiar as boas práticas e a melhoria da qualidade numa área crítica para a gestão hospitalar e para a segurança dos utentes.

8 — Podem ser chamados a colaborar com o Grupo de Trabalho outros elementos, a título individual ou como representantes de serviços ou organismos do Ministério da Saúde ou de outras instituições.

Despacho n.º 3844-A/2016

"Portugal - Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos em Números 2015"

No dia 14 de Março a DGS publicou o relatório "Portugal - Controlo da Infeção e 

Em Portugal, assistiu-se a uma redução da incidência de algumas infeções em 2014, 
como é o caso da pneumonia associada à intubação traqueal, 
nas Unidades de Cuidados Intensivos, da bacteriemia associada a cateter venoso central 
e da infeção associada a cirurgia do cólon e reto. 

Em outros casos verificou-se um ligeiro agravamento, como aconteceu na infeção
 associada a cirurgia das vias biliares.

Registaram-se evoluções positivas no consumo de antimicrobianos, principalmente 
na classe das quinolonas, cujo consumo desceu, entre 2011 e 2014, 27% no
 ambulatório e mais de 8% a nível hospitalar, mas também uma inversão da 
tendência crescente no consumo de carbapenemos, antibióticos associados 
à seleção de bactérias multirresistentes, o qual diminuiu 5% entre 2013 e 2014. 

Verificou-se uma redução das taxas de resistência em alguns microrganismos 
multirresistentes, como Staphylococcus aureus resistente à meticilina, 
Enterococcus ou Acinetobacter, taxas que ainda assim se mantém elevadas, 
considerando-se fundamental a sua redução.

Caraterizada como mais preocupante, é a situação que se verifica nas bactérias 
classificadas como Gram-negativo. Tal é o caso da resistência elevada aos antibióticos 
da classe das quinolonas, da bactéria Escherichia coli, responsável pela maior parte 
das infeções urinárias não complicadas. 

Mas a principal ameaça é constituída pelo microrganismo Klebsiella pneumoniae 
resistente aos antibióticos da classe dos carbapenemos, já presente em todo o 
Mundo. Registaram-se surtos hospitalares de infeção por esta bactéria, 
pontuais e localizados, tendo sido implementadas medidas de contenção da sua disseminação.